| REFERÊNCIA EM RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA |

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

A ANGIORAD RESPONDE AS SUAS DÚVIDAS

O que é radiologia intervencionista?

A Radiologia Intervencionista é uma especialidade médica que tem como conceito básico s execução de técnicas percutâneas, minimamente invasivas, através de métodos de imagens com o objetivo diagnóstico (ex.: angiografia cerebral, arteriografia, flebografia) ou terapêutico (ex.: Angioplastia, Quimioembolização e Embolização de aneurisma). Esta especialidade nasceu através da Radiologia diagnóstica quando os radiologistas verificaram a possibilidade de se realizar intervenções cirúrgicas com o auxílio da imagem de Raio-X. Atualmente a Radiologia Intervencionista possibilita uma grande quantidade de exames diagnósticos e terapêuticos e está em acelerado crescimento no mundo inteiro

Quais os benefícios de um procedimento realizado pela radiologia intervencionistaem comparação a uma cirurgia convencional?

Os tratamentos realizados por via percutânea, através da radiologia intervencionista, são minimamente invasivos, eficazes e seguros. São realizados na Sala de Hemodinâmica, com a utilização de um equipamento de Raio – X (Angiógrafo). Os procedimentos são executados através da introdução de tubos finos (cateteres) dentro das artérias e veias a partir de um furinho (pequeno corte na pele de cerca de 5milímetros), na grande maioria na virilha e que não precisa de pontos. Esses cateteres vão navegando através dos vasos e chegam até o problema que será tratado (ex.: aneurisma, tumor, estreitamento da artéria). O paciente não sente enquanto os cateteres navegam por dentro dos vasos. Confere uma recuperação mais rápida, menor risco de infecção, menor tempo de internação permitindo que o paciente volte para suas atividades mais rapidamente, alta taxa de sucesso e resolutividade.

O que é realizado após a arteriografia?

Após o término da arteriografia é retirado o introdutor (dispositivo que é colocado no vaso por onde passa os cateteres), é realizado compressão no local por um tempo de, em média, 20 min e colocado um curativo compressivo pra evitar sangramento. O paciente deve permanecer em repouso, sem dobrar o membro que está o curativo, por um período de, em média, 6 horas. Após esse tempo se não houver nenhum evento inesperado com o paciente ele receberá alta.

Todos os tipos e tamanhos de miomas podem ser embolizados?

Teoricamente todos os tipos podem ser embolizados, mas na prática não deve funcionar assim. Devemos tratar miomas que provoquem sintomas, como dor, sangramento, compressão de bexiga e que durante o acompanhamento por USG estejam aumentado. Nos casos de mioma submucoso o melhor tratamento é a histeroscopia e nos casos subserosos a abordagem por laparascopia pode ser uma boa opção.

Existe possibilidade de um aneurisma cerebral romper no momento da angiografia?

De uma forma geral, a presença de um aneurisma cerebral implica num risco de ruptura aproximado de 2% ao ano. Este risco pode ser maior ou menor dependendo das características do aneurisma. O aneurisma pode romper a qualquer momento; dormindo, caminhando, etc. Durante uma angiografia, o cateter é colocado na altura do pescoço, bem longe do aneurisma. O contraste é injetado através do cateter e a circulação cerebral é filmada. Quero dizer que num exame diagnóstico, o cateter não tem nenhum contato direto com o aneurisma. Assim, o risco de ruptura durante o exame diagnóstico existe, mas não é significativamente maior que se o paciente estivesse caminhando na rua. É importante controlar a pressão arterial do paciente e tranquiliza-lo. Diferente do momento do tratamento (seja embolização ou cirurgia) em que temos que manipular realmente o aneurisma. Porém, se o aneurisma rompe durante o tratamento, temos algumas manobras para interromper a hemorragia. Enfim, a angiografia cerebral é um procedimento altamente seguro e esclarecedor desde que realizado por um especialista. Mesmo com toda evolução, a angiografia ainda se impõe como o melhor e mais decisivo estudo dos vasos cerebrais. Converse com seu médico e peça referência sobre o profissional que irá fazer
o exame, esta é a melhor forma de evitar problemas.

A angiografia é um exame de alto risco?

A Angiografia realizada com as técnicas e materiais atuais é muito segura, com risco de complicações em torno de 2 a 3%, sendo a enorme maioria das complicações consideradas como leves como pequenos hematomas inguinais que não necessitam de tratamento específico. É importante observar se o profissional que irá realizar seu exame é um especialista, pois, infelizmente há vários profissionais não-treinados adequadamente.

Em um procedimento de arteriografia Cerebral, quem usa prótese dentária removível, é necessário retirá-la? o que pode acontecer caso eu esteja usando uma durante o procedimento?

A prótese dentária deve ser retirada na maioria dos procedimentos médicos sob sedação anestésica para que não haja qualquer obstáculo às vias respiratórias. Um outro motivo é que os procedimentos de neurointervenção são feitos, em geral, sob anestesia geral e a prótese pode atrapalhar na entubação traqueal. No caso de uma angiografia cerebral, a prótese dentária pode inclusive atrapalhar a visualização das estruturas vasculares cerebrais, pois em algumas posições pode ficar na frente dos raios x e esconder imagens importantes.

O que é angiografia?

Angiografia é a representação gráfica de alguns vasos (artérias ou veias), para que sejam avaliados e ajudem no tratamento. Angiografia de artéria é conhecida como ARTERIOGRAFIA e de veias chama-se FLEBOGRAFIA. As arteriografias são realizadas através de um pequeno furo (punção) numa artéria e injeção de meio de contraste para que imagens sejam formadas sob os raios X. Em geral, após 6h de repouso o paciente é liberado para andar e voltar para casa.

Quanto tempo posso ficar com o meu cateter subcutâneo vital port instalado?

Não há um tempo determinado para retirar este tipo de cateter totalmente implantado. Caso não haja mais indicação de sua utilização, o mesmo poderá ser retirado. Também se este cateter estiver infectado ou provocando dores locais, deverá ser retirado. A sua retirada é um procedimento simples. Entretanto, se houver a possibilidade de novamente utilizá-lo, deverá permanecer implantado.

Quando pode ser indicada uma quimioembolização hepática?

O achado de metástase hepática, mesmo quando aparentemente única, proveniente de tumores de mama, pâncreas, estômago, órgãos pélvicos da mulher e pulmões contra-indicam a ressecção do tumor primário por não interferir com o prognóstico, diferente do que ocorre com os tumores colo-retais, onde a presença de uma metástase hepática não contra-indica a ressecção da lesão primária. A ressecção cirúrgica da metástase hepática é o único tratamento potencialmente curativo existente no momento. Por isso, a alternativa cirúrgica deve ser sempre considerada. Uma vez afastada a opção cirúrgica, a quimioterapia local por cateter (quimioembolização hepática) é um tratamento paliativo que busca proporcionar melhor qualidade e maior sobrevida ao paciente. A infusão de agentes quimioterápicos e embolígenos na artéria hepática permite a obtenção de concentrações elevadíssimas das medicações, por um tempo bem mais prolongado e ainda evita o aparecimento de efeitos colaterais das quimioterapias convencionais. Uma análise cuidadosa e individualizada de cada paciente é indispensável, pois as alternativas terapêuticas são inúmeras, tornando a abordagem multidisciplinar fundamental. Uma outra excelente opção é a ablação por radiofreqüência. Outras informações: ver em “O que fazemos”

Qual o risco da vertebroplastia, posso ficar paraplégico ?

Desde que foi desenvolvida na França, a VERTEBROPLASTIA vem ganhando espaço como tratamento seguro de fraturas vertebrais no mundo inteiro. Para que se realize a VERTEBROPLASTIA, é necessario um verdadeiro conhecimento da anatomia vertebral, dos recursos de imagens digitais, das doenças da coluna e dos materiais cirúrgicos a serem utilizados no procedimento. Cada paciente, cada fratura é um caso diferente e as vértebras exibem aspectos distintos em suas lesões, cabendo ao médico saber indicar ou contra-indicar a vertebroplastia para cada situação. Desta maneira, o índice de complicações sintomáticas para pacientes portadores de fraturas vertebrais por osteoporose ou por hemangiomas do corpo vertebral tratados com vertebroplastia percutânea é de menos de 1%. Já os pacientes com lesões malignas do corpo vertebral estão submetidos a riscos de complicações sintomáticas entre 5-10%. A injeção do polímero no interior do corpo vertebral deve ser acompanhada em tempo real e com visualização simultânea de face e de perfil, evitando-se assim a migração do polímero para um local indesejado, como por exemplo, para o canal medular, provocando uma compressão da medula, podendo levar a paraplegia. Esta rara complicação tem sido descrita por médicos pouco experientes que se aventuram na pratica da vertebroplastia percutânea. -Mais detalhes sobre vertebroplastia clique em “O que fazemos” e, em seguida em vertebroplastia.

Qual o risco de um novo estreitamento depois do stent?

O tratamento de um estreitamento (estenose) da carótida pode ser realizado basicamente de duas maneiras: cirurgia aberta ou angioplastia por cateter. Cada técnica possui vantagens e desvantagens, devendo-se pesa-las de forma individual para cada paciente. Alguns problemas e complicações são específicos de cada técnica, porém outros podem ocorrer em ambas. A restenose da carótida tratada pode ocorrer tanto apos uma intervenção cirúrgica como apos a colocação de um stent (angioplastia). Por isto, todos os pacientes tratados, independente do tipo de tratamento, devem ser seguidos com exames de ultra-sonografia com Doppler. O risco de restenose após angioplastia com stent, de acordo com a literatura médica, gira em torno de 8 a 10%, sendo que destes, apenas 10% apresentam sintomas, sendo a enorme maioria descoberto apenas pelo exame de ultra-som. Em relação a este tópico, a ANGIORAD apresentou seus resultados no congresso mundial em novembro de 2003 (World Federation of Interventional and Therapeutic Neuroradiology), que foi publicado na revista médica Interventional Neuroradiology, 9 (Suppl 2), oct/ 2003, sob o título: “Carotid Stenting: Clinical and Ultrasonography long-term follow-up”.

Qual a probabilidade do aneurisma cerebral se romper durante o procedimento?

O risco de ruptura de um aneurisma cerebral durante o procedimento de embolização varia principalmente com o fato de ter havido ou não ruptura prévia do mesmo. Aneurismas rotos apresentam risco de ruptura maior durante a embolização, correspondendo a 1-8%, enquanto os não previamente rotos têm risco mais reduzidos, variando de 0,8 a 3% . É importante salientar que a ruptura de um aneurisma durante a embolização não corresponde obrigatoriamente a uma complicação grave, podendo ser corrigida durante o próprio procedimento.